2020 tem sido um ano de muitas surpresas e desafios. Muitas pessoas e famílias foram obrigadas a alterar seus planos devido a pandemia mundial.
A entrevistada de hoje, Carla Picolli, seu marido e duas crianças pequenas, estavam em férias na Nova Zelândia e foram pegos de surpresa ao tomarem conhecimento sobre o fechamento das fronteiras. Sem a opção de retorno, começaram a estabelecer sua vida neste país.
Conte nos um pouco da sua história, onde nasceu no Brasil, sobre sua família.
“Oi, amigos e seguidores do Brasil News! Meus pais são do interior de SP (Pirassununga e Tupi Paulista) e mudaram para Manaus em busca de uma vida melhor. Assim eu e meu irmão nascemos e crescemos em Manaus.
Tivemos uma infância muito feliz lá. Infelizmente meu pai morreu num acidente de carro quando eu tinha 14 anos. Então após a minha formação em Psicologia, decidi fazer o caminho inverso, mudando para SP em busca de mais qualificação.”

O que levou sua família sair do Brasil e vir para a Nova Zelândia?
“Em SP, trabalhei muitos anos com Recursos Humanos e Coaching. Conheci meu marido, que é alemão, um pouco antes da Copa de 2014 e o triste 7×1.
Tivemos nosso primeiro filho Albert e quando ele fez 1 ano, meu marido foi aprovado no processo seletivo da Amazon França, para onde mudamos em 2017. Lá nasceu nossa segunda filha, Malu.
A vida na França foi cheia de aprendizado, mas sinceramente, as pessoas não são tão abertas para fazer amizade com estrangeiros. Com isso, decidimos traçar um plano e mudar para outro país com clima mais quente e mais calor humano.
Começamos a guardar dinheiro para após 3 anos na França, voltar pela 1ª vez ao Brasil para visitar a família e depois visitar 3 países onde poderíamos morar.”
Férias permanente
“Saímos da França no fim de janeiro desse ano, com 2 crianças pequenas e 2 malas para uma viagem de 3 meses, pensando que nesse período conseguiríamos um emprego em outro país e voltaríamos para França em maio só para arrumar nossa mudança.
Mas quando chegamos de férias na Nova Zelândia, todos os outros países entraram em lockdown e nunca mais fomos embora.”

Nos conte sobre o que fez vocês decidirem ficar na Nova Zelândia?
“Desde o início ficamos maravilhados com o país, os sorrisos que recebíamos das pessoas na rua e as belezas naturais. O sol e o verde me lembravam da minha terra natural (menos a temperatura, é claro!).
Ver a união e o suporte das pessoas durante o lockdown também nos deixou impressionados.
Felizmente no início da nossa viagem, meu marido começou a participar de um processo seletivo aqui e foi aprovado. Com as fronteiras fechadas, decidimos ficar e organizar nossa mudança a distância, apesar das circunstâncias, de termos ficado 8 meses sem nossas coisas, conseguimos atingir nosso objetivo e somos muito gratos por tudo.”

O que você aprecia neste país? A Nova Zelândia é um lugar perfeito para criar seus filhos?
“Puxa, se aqui não é o lugar perfeito para criar nossos filhos, eu não sei onde mais seria.
Nova Zelândia foi uma grande e positiva surpresa para nós.
O país tem tudo o que sonhamos para nossos filhos: segurança para eles brincarem livres na rua, um sistema educacional de alta qualidade, pessoas felizes e tolerantes, muitos amigos em volta, natureza e ar puro.”
Nos fale sobre sua profissão no Brasil e como tem atuado na mesma profissão aqui.
“Saí do mundo corporativo após o nascimento do meu primeiro filho, mas o desejo de continuar ajudando as pessoas permanecia forte no meu coração.
Tendo passado por tantas noites em claro com ele, percebi a extrema importância do sono na nossa vida. Li muitos livros sobre o tema de sono infantil, até encontrar um método gentil e gradual que ajudou meu filho a dormir bem à noite.
Depois dessa experiência, decidi fazer uma certificação internacional em sono infantil e trabalho ajudando pais no Brasil e Nova Zelândia a ensinarem seus filhos a dormir a noite toda. Essa se tornou a minha missão de vida, ajudar outros pais a recuperarem o prazer de dormir bem.”
E seus hobbies, no que você ama passar o tempo?
“Adoro atividades ao ar livre, fazer trilhas, brincar na praia com minha família, remar, dar risada com os amigos e ver um bom filme. E aqui podemos ter tudo isso.”
